Sociedade

Coesão social é prioridade

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Capa do Público

O jornal Público publica hoje uma grande entrevista a Rui
Moreira, que aborda não apenas as questões da governação do Porto mas também as
do País e da Europa. Estendido em quatro páginas e fazendo destaque da capa do
diário português, o trabalho mostra um presidente certo do caminho que o seu
mandato tem levado, mas também convicto que os desafios por que passa Portugal
dependem muito do que vier a ser produzido na Europa, nomeadamente, do desfecho
do que acontecer nas negociações com a Grécia.


Entre os destaques que dá à sua governação, o presidente da
Câmara do Porto destaca o trabalho que tem vindo a ser feito na cultura, mas
não deixa de assinalar que também na área social vai ficar marca lembrando "a forma como preparámos o fundo de
solidariedade social, nomeadamente no apoio à habitação. Acho que é um modelo
que está a funcionar muito bem e já reforçámos o orçamento para isso. Em que é
que isto consiste? Basicamente as famílias que vivem numa determinada casa e
que estavam a pedir ajuda à câmara para irem para a habitação social, nós
damos-lhes um pequeno contributo, até 75% do valor da renda, que lhes permita
continuar a viver no sítio onde viviam, onde têm as suas memórias. Isto
abrangeu 300 famílias na primeira leva e nós vamos continuar. Estamos a falar
de pessoas que estavam no limiar da pobreza, naquele limiar das pessoas que
eram da classe média e estavam a decair para os níveis de pobreza. Isso tem
sido um enorme sucesso".


A entrevista, que se encontra também publicada online,
aborda ainda temas como o centralismo e a recente polémica com o presidente da
CCDR-N. Acerca deste assunto, Rui Moreira explica ao Público: "antigamente, e não foi há muito tempo, nós
estávamos convencidos, e quando digo nós, digo os actores políticos da região,
os autarcas, as associações, as instituições e os cidadãos, que a CCDRN era o
nosso instrumento de reclamação junto do Governo e do Estado central. Era um
instrumento nosso. Para quê? Para a justa apropriação dos recursos que são
destinados às regiões de convergência. Subitamente, fica a sensação que a CCDRN
passou a ser uma coisa diferente, passou a ser um instrumento do Estado junto
de nós, quase uma organização de vice-rei para nos dizer o que é que o Estado
central nos quer impor. E esta alteração é muito preocupante. Nós precisávamos
da CCDRN de Valente de Oliveira a Carlos Lage, passando por Arlindo Cunha ou
Elisa Ferreira. Essas pessoas, independentemente, da sua proximidade, até
muitas vezes ideológica ou partidária, ao Governo, eram a voz da região junto
do poder central. Havia a sensação de que, quando alguém se tentava apropriar
daquilo que era nosso, encontrávamos na cúpula dessa instituição um aliado -
era um dos nossos".


Sobre as eleições, quer legislativas quer presidenciais, o
autarca volta a lembrar que não se envolverá nem apoiará qualquer candidatura
ou partido e, sobre a governação do País, diz que a aplicação de austeridade
não dependerá da vontade de quem ganhar as eleições, mas do que acontecer na
Grécia e do que for decidido pelos diretórios europeus.

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