Sociedade

Rui Moreira quer mais Metro

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Miguel Nogueira

Rui Moreira defendeu hoje a expansão da rede de Metro do
Porto "na malha mais urbana" na sua crónica semanal no Correio da Manhã. O
autarca do Porto elogiou o sistema de metropolitano que diz ter sido
corresponsável pela redução de mais de 20% de emissões de CO

2 na cidade numa década.


Fazendo uma síntese histórica da evolução do transporte
público na cidade, Rui Moreira lembra que o Metro chegou ao Porto com 100 anos
de atraso e que a sua implementação transformou a qualidade de vida em toda a
Área Metropolitana, defendendo a sua densificação.


O presidente da Câmara do Porto escreve que, ao contrário do
transporte público, "o automóvel assumiu um carácter anárquico e condicionador
nas novas áreas de expansão urbana e as cidades tornaram-se, rapidamente,
poluídas, irracionais e, por vezes, insuportáveis" e explica o círculo vicioso
que está criado entre o transporte coletivo e o individual: "Os cidadãos usam o
transporte individual por o acharem vantajoso e, com isso, prejudicam o
transporte colectivo cuja eficiência se reduz com o congestionamento que o
torna menos competitivo, o que incentiva o uso do automóvel", acrescentando que
o problema "não se resolve com a simples proibição do automóvel em zonas
limitadas da cidade, como já acontece em certas áreas do Porto, pois não
resolve os grandes movimentos pendulares diários".


Rui Moreira lembra ainda a oportunidade que o novo Quadro
Comunitário de Apoio pode representar até 2020 e afirma: "Num quadro
comunitário que nos dizem ter tantas preocupações acerca do desenvolvimento
social, económico e de eficiência energética, não faz sentido que este não seja
um desígnio prioritário", e explica a racionalidade: "Não apesar da escassez de
recursos, mas por causa dela, já que é um meio de transporte ecológico e financeiramente
sustentável".


Recorde-se que a expansão da rede de Metro do Porto
encontra-se já estudada e consensualizada, através de uma linha que serviria a
zona ocidental da cidade que, tendo estado prevista e projetada nunca chegou a
ser construída.