Sociedade

Sob as Nuvens para ver em Serralves

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O Museu de
Arte Contemporânea de Serralves
apresenta até 20 de setembro uma grande exposição coletiva que
reúne alguns dos mais destacados artistas internacionais e portugueses da
atualidade. A mostra é dedicada à influência de duas nuvens sobre as nossas
vidas, e sobre a arte dos últimos 50 anos. 


 


Desde meados
do século XX que vivemos sob a sombra de duas nuvens: a nuvem em forma de
cogumelo da bomba atómica e, recentemente, a nuvem das redes de informação.
Como é que a metáfora da paranoia do pós-guerra deu lugar à metáfora utópica
para o mundo interconectado dos nossos dias? "Sob as Nuvens" confronta os
efeitos e os afetos interrelacionados destas duas nuvens sobre a vida e o
trabalho, o lazer e o amor, imagens, corpos e mentes.


 


Se a nuvem
em forma de cogumelo representou o potencial aniquilamento da civilização
humana, a "nuvem" é a representação diáfana das condições de interconexão e
sobre-exposição da informação sob as quais, cada vez mais, vivemos. A imagem
singular da nuvem, que embora não possa ser vista paira sobre nós, simboliza
tudo, desde as abstrações do sistema financeiro até ao caráter cada vez mais
mediado das nossas relações sociais, que passa pelos "likes" e pela partilha na
internet.


 


As
tecnologias de informação da era nuclear evoluíram para atualmente  caberem na palma das nossas mãos: já não nos
limitamos a olhar para imagens, mas a tocar-lhes, movê-las, beliscá-las,
arrastá-las. Os efeitos biológicos, económicos e políticos de viver sob as
nuvens adquiriram a forma de novas relações entre informação e matéria, ecrãs,
imagens e coisas, e vieram alterar a natureza do sexo e do trabalho. Enquanto
no passado as expressões artísticas mais relacionadas com a tecnologia tentavam
mitigar os efeitos de mudanças rápidas - tanto na perceção como na sociedade -
muitas das práticas artísticas de hoje atacam de frente os interfaces e as
redes de informação descentralizadas que continuam a enformar e a transformar a
vida quotidiana, formando conexões em constante evolução entre bits e
átomos.     


 


A exposição
é comissariada por João Ribas, diretor adjunto do Museu de Arte Contemporânea
de Serralves.

Artistas
representados na exposição:

 

Adel
Abdessemed, Arte Nucleare, Horst Ademeit, Cory Arcangel, Daren Bader, Enrico
Baj, Robert Barry, Eduardo Batarda, Thomas Bayrle, Neïl Beloufa, René Bertholo,
Joseph Beuys, K. P. Brehmer, Bruce Conner, Kate Cooper, General Idea, Gregory
Corso, Guy Debord, Harun Farocki, Hans-Peter Feldmann, Carla Filipe, Peter
Halley, Rachel Harrison, Mona Hatoum, Pedro Henriques, Thomas Hirschhorn,
Melanie Gilligan, Jean-Luc Godard, Yves Klein, Sean Landers, Elad Lassry, Mark
Lombardi, Julie Mehretu, Katja Novitskova, Ken Okiishi, Trevor Paglen, Nam June
Paik, Silvestre Pestana, Pratchaya Phinthong, Seth Price, Martha Rosler, Thomas
Ruff, Jacolby Satterwhite, Ângelo de Sousa, Frances Stark, Haim Steinbach, Hito
Steyerl, Jean Tinguely, Adelhyd van Bender, Stan VanDerBeek, Andy Warhol,
Christopher Williams, Christopher Wool, Anicka Yi