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Um só Porto: câmara e clube definem tática única para valorização da cidade e das pessoas

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O desporto, a saúde, as questões sociais, assim como a economia e a projeção internacional. Tudo o que une o Porto – autarquia e clube – entra numa nova fase de otimização de sinergias e valorização da cidade e das suas pessoas. A tática foi assumida, na manhã desta terça-feira, com a reunião dos dois presidentes, Rui Moreira e André Villas-Boas, acompanhado de toda a nova direção do FC Porto, nos Paços do Concelho, e o prognóstico é feito de vitórias conquistadas em equipa.

“O FC Porto é o clube da cidade que transporta o nosso nome fora de portas a nível internacional e faz parte do nosso coração”, afirmou o presidente da Câmara, considerando que “mesmo quem não é portista reconhece a importância e o relevo que o clube tem na cidade”, seja a nível desportivo ou do impacto social e económico.

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Na receção à nova direção dos azuis e brancos, Rui Moreira assegurou que “vamos procurar construir uma colaboração estratégica” em matéria de desporto e saúde. “Temos feito grandes investimentos nessa matéria e sabemos que, aqui, o FC Porto é, praticamente, omnipresente”, referiu, certo de que “não é possível ter uma estratégia para o desporto na cidade que não seja articulada com o seu maior clube”.

[O futebol] sempre foi o grande elevador social da cidade"

Para lá do sucesso desportivo, o presidente da Câmara lembrou que “o FC Porto desempenha sempre um papel de agregação do tecido social que é extremamente importante”, algo que, como sublinha Rui Moreira, “está muito ligado, também ao associativismo” e ao “papel de retirar os miúdos das más práticas da rua”. “O grande elevador social da cidade. Foi sempre isso o futebol”, acredita.

Lembrando que a relação da autarquia com o clube apresenta episódios de alguma distância, o presidente da Câmara assumiu que “tudo faremos para contribuir para os sucessos do FC Porto, não apenas no aspeto desportivo, mas social, para a promoção de uma marca que é fundamental para a cidade”.

Só assim é que o Porto faz sentido"

A receção, a pedido da direção do clube, mais do que “uma cortesia institucional”, teve o objetivo de “criar novas sinergias”, afirmou o presidente dos dragões.

“Empenhado em recuperar o tempo perdido” em anos em que “o FC Porto andou distante de um diálogo mais próximo que deveria ter com a cidade”, André Villas-Boas sublinhou como estas são “duas das instituições de maior peso e impacto da cidade pelo grande número de pessoas que atraímos, que empregamos, que colocamos a praticar desporto, pelo impacto económico que temos e, sobretudo, pelo envolvimento que temos com a cidade, com as suas pessoas, com a alma e os valores que tanto nos definem”.

“Só assim é que o Porto faz sentido”, sublinha, lembrando que o clube “pode dar mais à cidade e às suas gentes”, assim como “ajudar a autarquia a promover hábitos de vida saudável” e, com ela, “estar mais próximo das escolas, das comunidades, do associativismo”.

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A estratégia que o recém-eleito presidente veio apresentar à Câmara do Porto, “o nosso maior interlocutor e parceiro”, inclui, além de uma “gestão partilhada de projetos” e do eventual “crescimento infraestrutural”, uma parceria para a criação da Fundação FC Porto.

Contando com “a experiência e conhecimento” da autarquia quanto “às carências que considera necessitarem de imediata intervenção na cidade”, o presidente dos azuis e brancos acredita que a otimização das relações com o Município vai permitir à Fundação “chegar às pessoas mais necessitadas e carenciadas, não só do ponto de vista social, mas também desportivo”.

“Viemos reafirmar que estamos totalmente abertos à cidade e que, ostentando o nome dela, o FC Porto nunca deve ser afastado do seu pulsar”, reforçou André Villas-Boas.

Regresso do FC Porto na Baixa e um pé na varanda dos campeões

Outra novidade, que agradou ao presidente da Câmara, é a recuperação, já este verão, da iniciativa “FC Porto na Baixa”, com a apresentação dos equipamentos da equipa principal de futebol. Algo que André Villas-Boas defende que “criava muita dinâmica e era uma fonte de boa energia para os arranques de temporada” e que Rui Moreira considera “uma festa importante: para o FC Porto, para os adeptos, para a cidade, para o turismo”.

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Com “uma fé inabalável”, sem medo de superstições, o presidente do FC Porto foi já “tirar as medidas” à varanda dos Paços do Concelho, onde espera voltar, no final da próxima época, para levantar a taça de campeão nacional de futebol.