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Vai nascer um novo hub tecnológico no Porto e a contratação arranca em breve

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Filipa Brito

O grupo SaltPay adquiriu 90% do capital da empresa nacional de soluções de pagamento Pagaqui e vai investir 40 milhões de euros num novo centro tecnológico no Porto. Com uma equipa de 40 pessoas que já trabalham a operação à distância, deverão ser contratadas mais 140 até ao final de 2021. Assim que a pandemia e o desconfinamento o permitam. O objetivo é, a dois anos, ter cerca de 550 trabalhadores neste “hub”.

É no Porto que a Pagaqui vai “reunir uma equipa de talentos multidisciplinar em áreas distintas como as tecnologias de informação para a criação de serviços em áreas como Acquiring, Sistemas de EPOS, CRM, Loyalty Manager e E-commerce”, adianta o presidente da empresa, João Barros, em comunicado.

Serão contratados “maioritariamente engenheiros ao nível das infraestruturas tecnológicas e de software, constituindo-se, assim, como um centro de excelência a nível europeu”, afirma a SaltPay.

O responsável da empresa portuguesa de pagamentos não tem dúvidas de que “o hub tecnológico do grupo SaltPay irá permitir reforçar a nossa oferta em termos de equipamentos e serviços inovadores, assentes em tecnologia própria muito competitiva. A nossa estratégia de atuação será focada na melhoria do serviço ao cliente e na oferta de equipamentos de utilização intuitiva e prática, em complemento com um acompanhamento de proximidade ao cliente”.

Este será um de três centros construídos pela SaltPlay, com sede no Reino Unido - haverá outro no leste europeu e um terceiro na Irlanda -, e o espaço físico deverá ser construído em três anos. A escolha pelo Porto deu-se “numa lógica de capacidade de recursos humanos. Há ali uma concentração maior de faculdades específicas que podem proporcionar-nos os recursos humanos de que precisamos”, sublinha João Barros em entrevista ao Negócios.

Com atuação em mais de uma dezena de países, a fintech (empresa de inovação tecnológica no sistema financeiro) entra, assim, no mercado português, estando já a ser estudada a possibilidade de acrescentar a concessão de crédito em Portugal ao portefólio, adianta o presidente da Pagaqui ao Negócios. Os destinatários serão os consumidores e os pequenos e médios comerciantes.

O chairman da SaltPay acredita que “Portugal será o centro da nossa inovação tecnológica, que irá proporcionar às pequenas e médias empresas a próxima geração de ferramentas e serviços que permitem vender mais e gerir melhor os seus negócios”.

Para a Pagaqui, cuja marca se manterá, o maior peso desta aquisição está na “dimensão internacional” que passará a ter, e na “possibilidade de partilhar competências que serão uma mais-valia para os atuais e potenciais clientes, permitindo-nos delinear uma estratégia comercial assertiva e aumentar a nossa quota de mercado”, acredita João Barros.

Além dos 180 novos postos de trabalho no centro de tecnologia, a própria Pagaqui, atualmente com cerca de 4.500 clientes, tem planeada a contratação de mais 100 pessoas para as equipas comerciais para dar resposta aos novos produtos a serem lançados em breve, destinados aos pequenos e médios retalhistas, como a fusão, num equipamento único, do negócio de cobranças em numerário em ponto de venda e do negócio de aceitação de pagamentos com cartões bancários.