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Joan Miró e Alexander Calder juntos em exposição na Fundação de Serralves

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Cerca de meia centena de peças do escultor Alexander Calder e do pintor Joan Miró estão em exposição, até ao próximo ano, em Serralves. No caso de Miró, as obras que podem ser vistas nesta mostra são 15 da coleção do Estado português, à guarda do Município do Porto e em depósito de longo prazo na Fundação de Serralves, havendo ainda 11 obras do pintor pertencentes à coleção da catalã Fundação Joan Miró.

"Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio" e "Joan Miró/Alexander Calder: Espaço em movimento" mostram "a relação formal e estética entre [Calder e Miró], que se tornaram amigos desde o primeiro momento em que se conheceram, até à morte de Calder em 1976", explicou Robert Lubar Messeri, curador da exposição "Joan Miró/Alexander Calder: Espaço em Movimento", organizada pela Fundação de Serralves em colaboração com a Fundação Joan Miró.

A inauguração das exposições decorreu esta quinta-feira e contou com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acompanhado da presidente do conselho de administração Fundação de Serralves, Ana Pinho, do diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado, entre muitos outros convidados.

Exposições patentes até 2024

O encontro entre Miró e Calder, que se conheceram em Paris, no final de 1928, representou uma das mais férteis amizades artísticas e diálogos visuais continuados do século XX e o trabalho de ambos foi frequentemente alvo de exposições a dois, referiu Robert Messeri.

A outra exposição, intitulada "Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio" e comissariada pelo diretor do Museu de Serralves, Philippe Vergne, apresenta algumas das peças mais importantes do escultor que foram criadas durante a sua estadia em Paris. Muitas dessas obras são feitas em arame e produzidas ao mesmo tempo que as figuras do famoso "Cirque Calder", bem como um importante grupo de peças da década de 1940. É organizada em parceria com o Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, em Paris.

A exposição de "Joan Miró/Alexandre Calder: Espaço em Movimento" está dividida em cinco secções, onde se destaca, por exemplo, a série de "cabeças-retrato" que fez de amigos, entre 1927 e 1930, onde o escultor ampliou os limites da sua prática escultórica.

No ano em que se comemora o centenário do Parque de Serralves, a mostra inclui ainda um grupo de esculturas "monumentais de Calder", que estão dispostas nos jardins de Serralves em vários locais.

A exposição "Alexander Calder: Uma Linha de Equilíbrio" vai ficar patente na Casa e Parque de Serralves até 19 de maio de 2024 enquanto a de "Joan Miró/Alexander Calder: Espaço em movimento" estará até 7 de janeiro de 2024.